quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Do engenho e empenho de Domingos Xavier, Vilar Suente-Soajo voltou a ter um espigueiro/canastro de Varas, talvez único no país, uma memória da arquitectura popular portuguesa esquecida de todos, não está nos livros, talvez muito estudiosos deste tipo de arquitectura nem sequer imagine a sua existência.
Pena é que as autoridades municipais e parque nacional se esqueçam do seu património, e deixem que o património se esvazie no tempo à velocidade da desertificação, não será causa efeito!


Base em pedra circular com 13 orifícios para fixação das varas estruturais



Colocação das varas

Colocação das primeiras varas de salgueiro formando um entramado

mais varas


Finalmente!!


Construção do chapéu em "colmo"









Espigueiro/canastro em varas concluído

O chapéu está curto, no próximo fazemos melhor..., ainda falta uma eira com dezenas de pedras que esperam poder ter a função para que foram trabalhadas.


Agradecimentos a todas as pessoas de Vilar Suente/Bracarenses que colaboraram na construção do canastro com o arranjo das varas de salgueiro e do "colmo", com as suas memórias e pelo convívio.





2 comentários:

M.F.B!!!!!! disse...

Sr. Belmiro obrigado, por estas fotos do meu paraiso,penso que se não fossem voçes vindos de Braga,para dar vida a esta terra os de Vilar,são encapaveis,de fazer alguma coisa para esta minha linda aldeia.Com os melhores comprimentos:M.F.B!!!!!

O Galaico disse...

Elementos de rara beleza e inspiradores de outros tempos.

Porém este está longe de ser um exemplar único. São raros, sim, mas não tão raros quanto isso.

Pessoalmente conheço vários exemplares bastante antigos. Vi um a caminho da ermida via Aboim da Nóbrega. Outro em terras de Bouro.

E as bases, estas, são frequentes. Já dei com várias em sítios ermos onde outrora haviam eiras hoje desactivadas.

A primeira que vi, e que me suscitou curiosidade, foi numa quinta abandonada de montanha em Guimarães. A 2ª no Monte de Santa Luzia a chegar a uma aldeiazinha que fica a poucos quilómetros do santuário.

Posteriormente, nos caminhos pedestres serranos do Gerês, vi bastantes pedras.

De referir que também na Galiza estas existem e que, esta técnica de secagem de cereais, seria usada pela sociedade da Cultura Castreja do Noroeste Ibérico e não só.