domingo, 20 de junho de 2010

LEVADA DE ÁGUA

Povo de Vilar Suente cumprir mais uma vez a tradição e no dia 19 de Junho juntaram-se e limparam a levada que trás a água do ribeiro até aos seus campos.


Chegada da levada à parte baixa de Vilar

A levada é uma verdadeira obra de engenharia, quanto custaria hoje fazer só um projecto para irrigar todos os campos de Vilar?
A arte e o engenho dos Nossos antepassados e a forma comunitária como se organizavam tornaram possível a obra. Juntos abriram alas pelas montanhas e com mestria e sem grandes meios, fizerem chegar a água a dezenas e dezenas de campos, percorrendo quilómetros entre terrenos acidentados e muitas vezes rochosos.


Levada na parte baixa de Vilar, depois de calcorrear alguns quilómetros

Os campos de milho e feijão de Vilar

Horta em Vilar, o cebolo, os tomates, a alface, o feijão, a couve...

Na festa de Peneda, 1ª semana de Setembro, e com a chegada das colheitas, todo este ciclo termina, esperando que a resistência das gentes de Vilar seja mais forte que a desertificação.

domingo, 9 de maio de 2010

LOBO IBÉRICO ATACA EM VILAR SUENTE, SOAJO

Lobo entrou pela aldeia dentro e lembrou às suas gentes os tempos antigos.
Na noite de 4 para 5 de Maio o Lobo, ou os Lobos, entraram na aldeia e nos campos adjacentes dizimaram 11 Ovelhas das 15 pertencentes ao Eduardo. Na noite seguinte os Lobos voltaram e desta vez foi as Ovelhas do Sr Alexandre, 4 das suas 6 Ovelhas foram mortas. Uma Égua do Sr Venâncio também já tinha sido morta.
Isto dá que pensar, há mais Lobos? Há menos presas e o Lobo têm que se expor junta das aldeia para se poderem alimentar?
O que é certo é que o Lobo tem de ser preservado, pois ao longo dos tempos sofreu na pele a fúria do homem, construiriam-se Fojos do Lobo por toda a serra, fizeram-se dezenas de montarias e passados todos estes anos de emboscadas o lobo vai resistindo como um mito, mas um mito real, quando e onde ninguém espera ele aparece deixando as suas marcas, é realmente um animal inteligente, só isso justifica a sua sobrevivência.
Não se pode esquecer os donos das Ovelhas, que também são vitimas do Lobo, mas sobretudo da forma negligente com que o parque é dirigido, é preciso restituir a esta gente e de forma célere os seu prejuízos, de outra forma o Lobo cada vez será mais odiado e perseguido, o parque que crie condições para que o lobo sobreviva sem depender da desgraça alheia, porque para esta gente as Ovelhas têm um valor económico, mas sobretudo têm valor sentimental.